O aleitamento materno traz inúmeros benefícios para a mãe e para o bebê. Além de ajudar na formação de vínculos, ele é capaz de melhorar aspectos como a contração do útero e aumento das defesas imunológicas da criança. Entretanto, existem várias dúvidas e mitos sobre a amamentação para mulheres que já enfrentaram doenças oncológicas.

Esses questionamentos se tornam potencializados quando se fala a respeito do câncer de mama. Portanto, muitas mães têm dúvidas a respeito da possibilidade de oferecer riscos aos seus filhos por meio da amamentação. Mas, vale ressaltar, que as perspectivas são positivas.

Assim, ao longo do artigo elas serão exploradas em maiores detalhes. Continue a leitura para saber mais a respeito.

Mulheres que já enfrentaram um câncer de mama podem amamentar?

De acordo com Bruna Baldissera, médica oncológica da Clínica de Oncologia da Unimed em Santa Cruz do Sul, a amamentação é recomendada para mulheres que enfrentaram o câncer de mama antes da gravidez, para aquelas que descobriram a doença enquanto estavam grávidas ou ainda durante o pós-parto.

Entretanto, para que o aleitamento se torne positivo as mulheres não podem estar passando por nenhum tipo de tratamento radioterápico ou quimioterápico. Nesses cenários, a amamentação poderia ser prejudicial para o bebê.

Ainda vale ressaltar que Baldissera pontua que não existem estudos conclusivos a respeito do papel da amamentação na reincidência da doença, um mito bastante difundido. Mas, independente dessa possibilidade, os benefícios do aleitamento são enormes para mãe e filho.

A amamentação do ponto de vista fisiológico

Do ponto de vista fisiológico, as mulheres que tiveram câncer de mama podem amamentar sob algumas condições, mas apenas na mama que não foi afetada diretamente pelo tratamento.

Isso ocorre porque em alguns cenários a mulher precisa passar por uma mastectomia. A cirurgia em questão consiste na retirada da mama e dos ductos mamários, essenciais para a amamentação.

Portanto, mesmo que a paciente oncológica tenha optado por fazer a reconstrução, independente dos recursos usados nesse processo, a amamentação não será possível com a mama afetada, visto que a reconstrução atua no sentido de restaurar os aspectos estéticos, mas não devolve as capacidades fisiológicas, como a produção de leite.

Além disso, existem alguns contextos nos quais as mulheres passam por cirurgias conservadoras, que consistem na remoção de parte da mama. Nesses cenários, o tratamento é complementado com radioterapia e a irradiação afeta as células responsáveis pela produção de leite.

Dessa forma, a paciente tem a capacidade lactacional reduzida e a mama possui o desenvolvimento prejudicado durante a gravidez. Logo, a amamentação será comprometida e os cenários nos quais ela ocorre sem maiores entraves devem ser tratados como exceções.

Quando uma paciente que teve câncer de mama pode engravidar?

Por fim, uma dúvida bastante comum de muitas mulheres que venceram o câncer de mama é quanto tempo devem esperar até engravidar. Mas a resposta é complexa e depende da opinião do médico responsável por acompanhar o tratamento.

O profissional que realizou o acompanhamento será o mais indicado para fornecer as orientações adequadas, visto que ele possui uma visão global da doença e das chances de conseguir ter uma gravidez saudável.

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