O segundo tipo de câncer mais comum entre a população masculina, o câncer de próstata, é ainda cercado por uma série de tabus. Existem diferentes formas de diagnóstico e tratamento, por isso, preparamos este artigo para desmitificar essa doença tão comum – e tão perigosa – entre os homens.

Câncer de próstata: o que é?

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o termo “câncer” é um termo amplo que se refere a mais de 100 tipos de doenças malignas cuja origem está no crescimento desordenador de células, que passam a receber instruções erradas para o seu funcionamento.

A próstata fica localizada na parte baixa do abdômen masculino, ela é pequena e em formato de maçã. O órgão produz parte do sêmen que é liberado durante o ato sexual.

O câncer de próstata representa 29,2% dos tumores diagnosticados no Brasil. Dados do Inca estimam que surjam 65.840 novos casos da doença a cada ano, entre 2020 e 2022. Cerca de 75% dos casos no mundo aparecem após os 65 anos. Além disso, outros fatores podem aumentar o risco:

  • Histórico familiar;
  • Hábitos alimentares;
  • Alterações genéticas;
  • Etnia – homens negros estão mais propensos à doença;
  • Excesso de gordura corporal;
  • Exposição a arsênio, produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, fuligem e dioxinas.

Sintomas e Diagnóstico

O câncer de próstata é uma doença silenciosa em sua fase inicial. Se for sintomático, os sinais apresentam-se, no início, na dificuldade de urinar e/ou urinar mais frequentemente. Já na fase avançada, pode apresentar dor óssea, sintomas urinários(sangue na urina, dificuldade para urinar e/ou redução na quantidade de urina), infecção generalizada ou insuficiência renal e é importante que o homem busque um atendimento médico especializado ao identificar algum desses sinais.

O diagnóstico do câncer de próstata reduz consideravelmente as chances de mortalidade. Homens acima dos 50 anos devem consultar com um urologista uma vez ao ano. A adoção de alguns hábitos também é essencial para ter uma vida saudável, como:

  • Manter uma alimentação balanceada;
  • Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Não fumar;
  • Praticar exercícios físicos.

Se o diagnóstico for positivo e houver metástases – quando as células cancerosas desprendem-se do tumor original e se espalham para outras partes do corpo, gerando novos tumores -, apesar de não ter cura, existem tratamentos que auxiliam na diminuição de complicações e melhoram a qualidade de vida do paciente.

O diagnóstico pode ser realizado através de:

  • Toque retal e exame de sangue PSA – imprescindíveis para rastrear o tumor em sua fase inicial. O exame de toque avalia o tamanho, a textura e se existem caroços no órgão. Já o exame de sangue mede os níveis do Antígeno Prostático Específico (PSA);
  • Biópsia – solicitada após os exames de toque e sangue, caso haja a possibilidade da doença;
  • Exames complementares, como ressonâncias, tomografias, cintilografia óssea (identifica se há ossos atingidos) e PET-CT (investiga o tamanho, focos de metástase e se há possibilidade da doença voltar.

Formas de Tratamento

A medicina oferece diferentes opções para tratamento da doença. Se o diagnóstico for positivo, o procedimento será indicado de acordo com o estágio do câncer, sendo a cirurgia (indicada para tumores localizados apenas na próstata), a radioterapia, a quimioterapia e o uso de medicamentos as mais comuns.

O diagnóstico e tratamento precoce aumentam as chances de sucesso e isso só é possível a partir de consultas regulares e atenção aos sintomas. Não deixe para depois: se você identificou algum fator de risco ou sintoma neste artigo e tem mais de 50 anos, não hesite em procurar atendimento médico. Garanta qualidade de vida para você e sua família.

Gostou do nosso conteúdo? Visite nosso site, conheça nossos produtos e tenha acesso a mais materiais como este.